Abada-Capoeira DC

Brazilian Arts Center


 

 

 

Uma vida (Boa Voz)

 

O tempo passa, o tempo passa

E nem sempre a gente vê

Um dia já fui menino

Ontem eu era rapaz

Hoje me chamam senhor

Quanta coisa aconteceu

Ao longo de minha vida

Mas nela tudo valeu

São experiências vividas

Que coisa boa é lembrar

Quando veio a capoeira

Tocou no meu corpo inteiro

Tocou nos pés e nas mãos

Entrou na minha cabeça

Foi morar no coração

Hoje, mais velho

Ainda ouço o berimbau

Tocando com nostalgia

No fundo do meu quintal

É o meu filho pequeno

Seguindo os passos do pai

Agradeço a Deus do céu

Pelo dom que ele me deu

No meio da capoeira

Ser chamado cantador

Quando eu morrer

Oi iáiá, quando eu morrer

Não precisa me enterrar

Ponha na beira do rio

Deixa a água me levar

Quem tem paradeiro certo

Vai lá pro céu descansar, camará

Iê viva meu Deus!

 

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Preta Bá (Caxias)

 

Meu Deus, cadê Preta Bá, meu Deus
Meu Deus, cadê Preta Bá, meu Deus

 

Meu Deus, cadê Preta Bá, meu Deus
Meu Deus, cadê Preta Bá, meu Deus

 

O filho do coronel
Chora no colo de sinhá
Toda noite quando acorda
Procurando Preta Bá

Meu Deus...

Preta Bá que o criou
Como se fosse filho seu
E o menino só vingou
Porque Preta Bá, de seu leite lhe deu

Meu Deus...

Coronel disse que sim
Ninguém vai dizer que não
Preta Bá criou seu filho
Acabou sua missão

Meu Deus...

Preta Bá, batendo o pilão
Ouviu a voz do coronel
Negra chegou sua hora
Faça uma prece a Deus do céu

Meu Deus...

Preta Bá foi castigada
Por algo que não cometeu
Mas quando foi descoberto
Era tarde demais, Preta Bá morreu

Meu Deus...

Coronel anda calado
Triste a se lamentar
Preta Bá não suportou
O castigo que lhe mandou dar

Meu Deus...

Quem sabe esse coronel
Não soubesse o que fazia
Pois não levou muito tempo
E sem Preta Bá o menino morria

Meu Deus...

Sabe Deus pra onde foi
E eu fico a imaginar
Que o filho do coronel
Se encontrou com Preta Bá

Meu Deus...

 

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Sinhá mandou chamar (Macaco Preto)

 

Sinhá mandou chamar

Sinhá mandou dizer

Que se o negro não "vim" vai apanhar

Mas nego não quer saber

Sinhá mandou chamar...

 

     Sinhá mandou chamar

     Sinhá mandou dizer

     Que se o negro não "vim" vai apanhar

     Mas negro não quer saber

 

Negro não quer saber

Se vai pro tronco de madeira

É que o negro esquece tudo

Quando tá na Capoeira

Sinhá mandou chamar...

 

Antigamente

Era assim que acontecia

Se o negro não obedecesse

O capitão lhe prendia

Pra bater na covardia

Sinhá mandou chamar...

 

Hoje em dia é diferente

Com a abolição da escravatura

Corda que amarrou o negro

Hoje eu trago na cintura

Sinhá mandou chamar...

 

A dor era tanta

Que feriu meu coração

Pois sabia que apanhava

E o castigo quem dava era um irmão

Sinhá mandou chamar...

 

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Histórias de Lemba (Esquilo)

 

Histórias de Lemba

Lemba aê Lemba

Histórias de Lemba

Lemba aê Lemba

História de Lemba...

 

Histórias de Lemba

Lemba aê Lemba

Histórias de Lemba

Lemba aê Lemba

 

Lemba do barro vermelho

Como se ouve falar

No terreiro de Don'Ana

Chama-se Elegba

História de Lemba...

 

Negro era castigado

Como era de costume

O feitor matou "Seu" Lemba

Por causa de seu ciúme

História de Lemba...

 

Arrancaram a língua fora

Tiraram a pele do negro

Deram-lhe um banho de mel

E o levaram a um formigueiro

História de Lemba...

 

Os mais velhos me contaram

E eu não canso de dizer

No terreiro de Don'Ana

Lemba foi aparecer

História de Lemba...

 

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Dendê (Boa Voz)

 

Quero ver dendê

Quero ver dendê

Na roda de bamba, eu,

Quero ver dendê

Quero ver dendê...

 

Quero ver dendê

Quero ver dendê

Na roda de bamba, eu,

Quero ver dendê

 

Agbá é àduní

nagôs, malês e obás

É tata que adupé

Por que eu quero ver dendê

Quero ver dendê...

 

E pra quem quiser dizer, oi iáiá

Que essa língua não é minha

Preste atenção na cantiga

Que vosmicê vai me entender

Quero ver dendê...

 

É banda lá no quimbundo

Cangerê que imbelecô

É mo jubá de oió

Por que eu quero ver dendê

Quero ver dendê...

 

É tempo que passa, é tempo

Ai meu Deus

Que esse povo veio de lá

É preciso entender

Um pouco do seu cantar

Quero ver dendê...

 

Tem fome faz ageum

Tá triste é de calundú

Dinheiro me dê equé

Por que eu quero ver dendê

Quero ver dendê...

 

Outro dia escutei

Indaka de afofô

E fui procurar saber

Que é o tal do falador

Quero ver dendê...

 

Em toda a cantoria

Eu peço pra ver dendê

Do banto coisa excelente

Bom mesmo é ter dendê

Quero ver dendê...

 

Surpreso fiquei ao ver

Buscando no Iorubá

Que a frase para sempre

É a palavra àbádá

Quero ver dendê...

 

Pra oxalá de òrum

Eu peço minha àsálù

E na terra pros meus òrés

Eu peço pra ver dendê

Quero ver dendê...

 

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Luanda (Boa Voz)

 

Oh aê! Luanda

Oh aê! Luanda

 

Oh aê! Luanda

Oh aê! Luanda

 

A capoeira é de bamba querer

A capoeira é de querer bandar

 

A capoeira é de bamba querer

A capoeira é de querer bandar

 

Quem mandou dizer

Que ia me encontrar

Se isso acontecer

Não vai me pegar

 

Quem me viu me vê

Quem me vê me viu

Mas se tem mandinga

Tava eu lá, sumiu

 

A capoeira é de bamba querer

A capoeira é de querer bandar

A capoeira é de bamba querer

A capoeira é de querer bandar

 

Pois na capoeira

Posso lhe aformar

Não tem bobo não

Lá só tem bamba

 

Quem mandou o recado

Já mandei voltar

Pro mesmo endereço

E lá vai chegar

 

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Roupa de homem (Boa Voz)

 

Mandei fazer um terno

(mandei fazer um terno)

(Colega véio)

Pro dia do casamento

Deixei em cima da mesa

Ainda não era o momento

Noutro dia bem cedinho

(Colega véio)

Olha o que me aconteceu

Meu filho foi pra escola

Usando o que não era seu

Ao chegar, a professora,

(Ai meu Deus)

Olhando pra ele falou

"Moleque toma seu tino,

Que roupa de homem não dá em menino

 

Roupa de homem não dá em menino

Roupa de homem não dá em menino

 

Roupa de homem não dá em menino

 

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Seus olhos (Boa Voz)

 

Seus olhos parecem dois rios rolando pro mar

Quando você chora, quando você chora

E eu como bom capoeira não posso negar

Que o meu berimbau também já me fez chorar

 

Seus olhos parecem dois rios rolando pro mar

Quando você chora, quando você chora

E eu como bom capoeira não posso negar

Que o meu berimbau também já me fez chorar

 

Tem choro de alegria

Choro de tristeza e dor

Cada um tem seus motivos

Tem até choro de amor

Seu olhos...

 

Talvez pela falta de jeito

Do cabra valente

Quando quer disfarçar

É quando ele mais sente

 

Em dados momentos da vida

É preciso entender

Quando é forte demais

É a hora de ceder

Seu olhos...

 

Se diz o ditado

Que o homem não pode chorar

Como posso explicar

Se quando nasce, ele chora

 

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O Mestre falou (Boa Voz)

 

É, meu Mestre falou assim

Menino não precisa preocupar

Que a vida que se leva é essa mesma

E a capoeira não deixa nada faltar

 

É, meu Mestre falou assim

Menino não precisa preocupar

Que a vida que se leva é essa mesma

E a capoeira não deixa nada faltar

 

Até naquilo que mais te incomoda

Às vezes você tem que relaxar

Conversa com teu Mestre, e vai pra roda

Que a capoeira bota tudo no lugar

 

E se o que você quer é amizade

E ainda mais difícil, verdadeira

Junte a humildade ao bom caráter

E só então você vai pra capoeira

 

E àquele com "marra" de valentão

E que faz mais barulho que ação

Cuidado, camarada, a capoeira

Não é o que tu "tá" pensando não

 

Perguntei: "Caveira quem te matou?"

Respondo que o calado é vencedor

Por que o veneno que sai pela boca

É mais mortal que aquele que entrou

 

Em tudo o que se passa pela vida

O que é mais difícil de entender

É que pra conseguir felicidade

É preciso viver e conviver 

 

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Mata fechada (Boa Voz)

 

É na mata fechada

É na mata fechada

Quero ver jogar, capoeira...

Meu saraiá

 

É na mata fechada

É na mata fechada

Quero ver jogar, capoeira...

Meu saraiá

 

Ali tem cobra coral

Aranha carangueijeira

Bom lugar pra se fazer

A roda da capoeira

Lá na mata fechada...

 

Tem o canto da araponga

Junto com o sabiá

Tem até uma caninana

Sempre no mesmo lugar

Lá na mata fechada...

 

Ali não vai qualquer um

Cada um tem seu talento

Pois quem faz o cabra bamba

É a força de São Bento

Lá na mata fechada...

 

De garra e bico afiados

Voa gavião e gralha

Parece até o capoeira

Quando traz sua navalha

Lá na mata fechada...

 

Voa, voa passarinho

Rasteja cobra malvada

Corisco riscando o céu

Quando ronca a trovoada

Lá na mata fechada...

 

Por ali passou escravo

Construindo esse caminho

Se você puder sentir

Ali tu não "tá" sozinho

Lá na mata fechada...

 

Enrosca o pé no cipó

Ranca toco de espinhal

Faz a sequência do Mestre

No toque do berimbau

Lá na mata fechada...

 

É lugar que tem mandinga

Coisa que a mim não compete

Com essa quadra fica oito

Pra quebrar o número sete

Lá na mata fechada...

 

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Mariana (Boa Voz)

 

Nega Mariana

Por que mandou me chamar

 

Nega Mariana

Por que mandou me chamar

 

Pois não vê que eu "tô" ocupado?

Lá vem essa nega pra me perturbar

Ela disse o cumê tá na mesa

Os moleques chorando se chegue pra cá

 

Ela viu quando acordei cedinho

E botei a cabaça no sol pra secar

Dei um trato na verga e no arame

E, falando baixinho, fui cantarolar

 

Ela sabe que eu tenho um chamego

E que tenho medo de me aperrear

Essa praga de nega danada

Se vê capoeira, vem me azucrinar

 

Por favor, me desculpe o vexame

Se moça bonita vier me falar

Essa nega em tudo se mete

Até meus negócios quer atrapalhar

 

Olha lá a roda "tá" formada

Eu fico pensando em me aproximar

Por que vai que ela cisma de ir embora

E sem Mariana não posso ficar

 

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Maior é Deus (Boa Voz)

 

Só eu te conheço

(Só eu te conheço, colega véio)

Mas você não me conhece

As aparências enganam

Nem tudo é o que parece

O senhor é conhecido, colega véio

Em todo lugar que eu vou

Precedido pela fama

De todo bom jogador

Eu não sou ninguém

(Eu não sou ninguém, colega véio)

Mas eu ando por aí

Tocando meu berimbau

Jogando e cantando assim:

Maior é Deus

Pequeno sou eu

E o que eu tenho

Foi Deus que me deu

 

Maior é Deus

Pequeno sou eu

 

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Reza forte (Boa Voz)

 

Se a reza é forte

Do mandingueiro

Deus é maior

Não tenho medo

 

Se a reza é forte

Do mandingueiro

Deus é maior

Não tenho medo

 

Fez as suas orações

Falou com a terra e com o ar

Foi quando olhou pra mim

E me chamou pra jogar

 

Rodou pernada pra lá

Rodou pernada pra cá

No jogo do embolador

Eu não sei quem vai ganhar

 

Moço não bata no peito

Quando for roda de rua

No jogo da capoeira

Outra hora continua

 

Na vida e na capoeira

Nem sempre é como se quer

O certo é ter Deus no peito

Muita força e muita fé

 

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Explique por que (Mobília)

 

Meu Deus

Me explique isso por que?

Meu Deus

Eu não consigo entender

 

Meu Deus

Me explique isso por que?

Meu Deus

Eu não consigo entender

 

Estão dizendo por aí

Que a capoeira não é mais nossa

Antiguidade não é posto

E que isso não importa

Meu Deus...

 

Andam vulgarizando

A linda palavra Mestre

Se formando por aí

Muitos deles nem merecem

Meu Deus...

 

Falo com Deus todo dia

Peço em minhas orações

Que respeitem a capoeira

Tenham por ela paixão

Meu Deus...

 

A capoeira é bem maior

Do que se pensa que é

Treine firme, treine forte

E ela te dirá quem é

Meu Deus...

 

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Zabelê (Boa Voz)

 

Teu nego mandou dizer

Pedindo pra esquecer

De tudo o que ele te fez, por favor

Volta pra cá Zabelê

 

Volta pra cá Zabelê

Volta pra cá Zabelê

Volta pra cá Zabelê

Que eu quero ficar com você

 

Não é sempre que se consegue

Alguém que te compreenda

O amor é chama tão rara

Que talvez nunca se acenda

 

Isabel é moça tranquila

E sempre me acompanhou

Eu não sei o que foi que me deu

Que um dia eu deixei Zabelê

 

Andei por aí a fora

Sem nunca olhar pra trás

Até que um dia voltei

E já não te encontrei mais, Zabelê

 

E hoje eu toco meu gunga

Na esperança de te ver

Entrar por aquela porta

E nunca mais te perder, Zabelê

 

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Boa semente (Boa Voz)

 

Pela ramagem da árvore

Sei a fruta que ela dá

Isso é mandinga, cumpadre

Pode acreditar

 

Se a fruta é boa

Ela dá boa semente

Ela dá boa semente

Ela dá boa semente

 

Se a fruta é boa

Ela dá boa semente

Ela dá boa semente

Ela dá boa semente

 

A graviola...

Ela dá boa semente

Ela dá boa semente

Ela dá boa semente

 

O maracujá...

Ele dá boa semente

Ele dá boa semente

É pra dar boa semente

 

Se a fruta é boa

Ela dá boa semente

Ela dá boa semente

É pra dar boa semente

 

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Quadras (Boa Voz)

 

1.

Meu Mestre me dê licença

(Meu Mestre me dê licença)

Pra fazer esse trabalho

De buscar a sua essência

Com respeito e humildade

 

O motivo dos meus versos

E da minha cantoria

É lembrar seus fundamentos

E sua sabedoria, camarada

 

Água de beber

ê ê água de beber camará

 

Viva meu Deus

ê ê viva meu Deus camará

 

Viva meu Mestre

ê ê viva meu Mestre camará

 

Faca de furar

ê ê faca de furar camará

 

 

2.

Iê, casca de côco

(Iê, casca de côco)

Que tava no meu terreiro

Vovó dizia:

Faz lembrar do cativeiro

 

Vovó não quer

Casca de côco

Vovó não quer

Casca de côco

 

Vovó não quer

Casca de côco

Vovó não quer

Casca de côco

 

 

3.

Menino não cante à toa

(Menino não cante à toa)

Nem vá em toda função

Arrancar ponta de touro

Quebrar fúria de leão

 

Nem sempre é a força que manda

E nem a disposição

A cabeça é pra pensar

Quando o julgo é a razão

Camarada

 

ê aruandê

 

é hora é hora

 

ai ai galo cantou

 

 

4.

Beijo de mulher cansada

(Beijo de mulher cansada)

O velho Zuza falou:

Diz que tem gosto de chumbo

cuidado seu beijador, camada,

 

ê aruandê

 

viva a Deus do céu

 

é goma de engomar

 

 

5.

Água que bate na pedra

(Água que bate na pedra)

Nem sempre que bate fura

Moleque da língua solta

E velha que tem usura

Põe os dois numa panela

Que desgraça de mistura, camarada,

 

ê viva meu Deus

 

ê aruandê

 

ê viva meu Mestre

 

 

6.

Outro dia ouvi um caso

(Outro dia ouvi um caso)

Falando do escorpião

Eita bicho perigoso

Se deixar te morde a mão

É melhor bater com um pau

E deixar ele no chão, camará

 

ê é hora é hora

 

iê vamos se embora

 

Pela barra afora

 

 

7.

Vi água de morro abaixo

(Vi água de morro abaixo)

Vi fogo de morro acima

Com eles não há quem possa

Não tem nada que combina

O homem de bom juízo

Pede ajuda divina, camará,

 

viva Deus do céu

 

iê aruandê

 

goma de engomar

 

iê aruandê

 

água de beber

 

 

8.

E Deus num dá asa à cobra

(E Deus num dá asa à cobra)

Quando dá tira o veneno

Já pensou coral voando

Em quanta gente morrendo

Eita bicho peçonhento

Traiçoeiro e imundo

Já estava no paraíso

Quando Deus criou o mundo, camará

 

água de beber

 

iê aruandê

 

a volta do mundo

 

iê que o mundo deu

 

 

9.

Onça preta lá na mata

(Onça preta lá na mata)

Avistou um javali

Bicho de presa afiada

Já matou até sucuri

Gavião que se preza

Não dá asa a bem-te-vi, camarada

 

é hora é hora

 

ai ai viva meu Deus

 

ai ai volta do mundo

 

iê que o mundo deu

 

 

10.

Sou eu que me deito tarde

(Sou eu que me deito tarde)

Sou eu que levanto cedo

Sou eu que já fui jurado

De jura, não tenho medo

A fumaça do cachinbo

Descobre qualquer segredo, camará

 

ele é mandingueiro

 

iê aruandê

 

ai é cabedeê

 

e viva a Deus do céu

 

oi faca de furar

 

 

11.

Oração de Cipriano

(Oração de Cipriano)

Oração de santo forte

Reza pra quebrar mandinga

Reza pra livrar da morte

É reza do capoeira

Que no jogo pede sorte, camarada

 

ê é hora é hora

 

ai ai vamos sem embora

 

pela barra afora

 

e viva a Deus do céu

 

vamos se embora

 

 

Corridos (DP)

 

Oi sim, sim, sim, oi não, não, não

 

Oi sim, sim, sim, oi não, não, não

 

Quebra lami comugê

 

maca

 

A cobra lhe morde

 

O senhor São Bento

 

Vou dizer a meu sinhô

Que a manteiga derramou

 

Vou dizer a meu sinhô

Que a manteiga derramou

 

ê ai ai ai ai ai

A de lelê

 

A de lelê

 

 

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